Dia 2

Dia 02 – Guaíba – Barra do Ribeiro
A caminhada de hoje é menor do que a do dia anterior. Começo o dia conversando com a gurizada de uma escola de Guaíba. O papo foi mais ou menos assim: quantas pessoas vocês conhecem que irão dar uma volta ao mundo a pé? Para a maior parte de nós isso é algo totalmente novo e mesmo distante de nossas realidades. Nossos sonhos estão relacionados ao nosso modo de ver a vida e as nossas possibilidades. Que possamos lutar para que nossas possibilidades de sonhar sejam ampliadas.
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Era por volta de uma hora da tarde. Sigo por uma estrada de chão do interior. Uma camionete para. Pai e filho me reconhecem da reportagem, pouco tempo depois estou almoçando na casa deles como se estivesse na casa de meu compadre. O ambiente é um tanto parecido ao que encontrava nas missões: acolhida bem calorosa, quase como se estivessem esperando minha chegada. Falamos de temas que me são familiares.
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Termino o dia em uma festa de aniversário de uma criancinha na Barra do Ribeiro, não posso nem de longe dizer que o caminho está sendo previsível.

Dia 1

Dia 1 – Ao chegar na ponte o primeiro impasse, por onde passar, qual o caminho certo? Não há ninguém ao meu lado para me responder ou orientar. Vou arriscando. Chego em um ponto em que confirmo que é preciso subir uma longa escada. Não sou prático, sinto-me inseguro diante de questões assim, mas não tem jeito, agora sou eu e eu. Vou subindo com o carrinho escada acima, seria essa uma prévia das dificuldades que virão? Pronto, estou na ponte do Guaíba. A parte destinada aos pedestres é estreita, ergo o carrinho de um jeito, de outro, tranca, prende, arrasta, demora e quando estou chegando no finalzinho há um obstáculo que faz com que eu retorne de costas até o ponto inicial. É preciso atravessar e tentar se no outro lado o carrinho passa. Ok, primeiro desafio superado e de repente… lá está uma outra ponte. E recomeça o levanta, segura, arrasta. Na terceira ponte estou decidido a caminhar no espaço reservado aos carros, ou melhor, às carretas gigantes e pesadas. Passos miúdos, nem sei se há paisagens à direita ou à esquerda… ufa!
Por volta de três horas paro em uma lancheria para almoçar. Ganho o almoço pois o proprietário me viu na TV naquele dia. Mais a diante peço água e um morador de Eldorado me oferece café e propõe um prato com ovos fritos. Naquele mesma estrada um carro passa e buzina, minutos depois retorna com algumas crianças, tiram fotos e me dão dinheiro para ajudar na alimentação, é a bondade no caminho.
Para fechar o dia sou recebido com muito carinho na familia do Lucas, um amigão do meu irmão Jere. É noite de aniversário e tem até lazanha, hummm, coisa boa! Obrigado Sara e Amarildo. #CaminhodeAline#VoltaaoMundoaPé #Mochilao #Diario #Aventura

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